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Veneno, por Bruno Bezerra.
Para todo sofrimento um veneno
Amargo depois de um doce
Sem dor, sem estomago
Sem cantos ou mundos
Apenas dor e mais um veneno.
Esposa do medo que o segredo abriga
E o amor que as entranhas sufocam
Almoça minha ferida
Abriga em minha barriga
Depois vomita sem ânsias
Anestesiando erros e medos
E me rasgando ao avesso
Com verdades que nem um veneno apaga.
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