segunda-feira, 23 de novembro de 2009

VIDA DE POETA

Vida que me leva com o vento, sem destino certo. Vida que às vezes esta louca demais. Vida seria! Vida boa de menos. Vida boa. Vida passada. Vida atual. Vida futura. Vida atoa! Vida chegue logo antes que eu morra. Vida me socorra da minha falta de ambição. Vida breve. Vida coração. Vida leve, me leve contigo antes que eu morra me socorra! Vida boa. Vida boa demais. Vida boa de menos. Vida de poeta louco. Que ao mesmo tempo em que odeia adora a solidão. Vida então, não liga pro que eu falo não. Vida, vida, vida. Ferida aberta és tu. Fratura exposta és tu. Vida comida. Vida fumada. Vida bebida. Vida acabada. Vida, vida, vida! Vida que me vem aos trancos. Foram tantos barrancos que me perdi em algum lugar. Vida boa demais. Vida boa de menos. Vida de poeta louco.

ME ESPERE CECÍLIA

Torno a casa. Vejo você voando em um céu distante, Pássaros bebendo na fonte. Eu sou uma ilha difícil pra quem tem preguiça. Os meus olhos têm lagrimas o tempo todo. Mas o verde e o azul me acalmam. Venha vamos eu vou morrer de novo. Pra nascer um novo ser. Será a quinta vez em dois séculos e também a ultima. Em nenhuma das encarnações fui feliz. Eu tenho alergia à tristeza, mas, no entanto, é só isso. Nasci poeta! Tinha que ser assim. Eu penso em Cecília Meireles tão linda e tão sozinha. Mais um pássaro bebendo na fonte. A juventude agora é distante. E o céu é o único lugar pra onde eu posso ir. Sorrir, às vezes sorrio. Mas o oposto é infinito. Ultimamente só o verde e o azul me acalmam. Eu tenho calma mas também tenho pressa. Eu não me vendo mas tenho valor... Um sorriso, um carinho, um beijo de amor. É como pular de um penhasco, quando entro dentro de mim. Um abismo, profundo, sem fim. Eu penso nela. Por que se foi? Será que não sabia que nossas almas se dependem. Quantos cadernos ocuparam o meu lugar? Quantos cadernos têm ocupado o seu! Eu preferia ser papel ou caneta em suas mãos. Mas agora é tarde. Nasci gente,gente que pensa demais. A vida passa depressa. Eu busco uma saída. Vou pro meio do mato ver o céu. Escrevo bobagens a tarde inteira, fumo, bebo ,durmo e acordo no colo de Cecília que me esperava por décadas em sua casa la na ponta do arco-íris .

IRONIA

Voltei ao velho lugar onde a tempos te amei. E relembrei de você na velha casa ,sentada na velha varanda. E se lembrei de mim te olhando de longe, te amando. Enquanto você triste sofria por outro. E eu te olhava, te amava e sofria.