Ela passou tanto tempo escrevendo nas entrelinhas.
Passou tanto tempo sozinha ao meu lado.
Enquanto eu buscava respostas para o universo, ela me dizia nas entrelinhas.
Ela estava sozinha!
Eu ali convicto de ser mais do que ela precisava e ela tinha certeza disso.
Me tratava como um rei ,honras flores e oferendas.
Encomendas pra me agradar amar é só o que ela fazia.
Os dias passavam lentos pra mim.
Pra ela veloz demais.
Até que um dia se cansou.
A solidão é como morte.
E não adianta ter sorte sem consciência.
Clemência é o que peço agora.
Já é tarde a paciência se acabou meu reino caiu.
No meu céu um buraco negro suga meus versos.
No meu SOL o calor já não aquece.
No meu peito um coração já não bate.
No meu caminho já não tem estrada.
No meu jardim já não tem flores.
E na minha casa já não tem nada.
Enquanto isso o universo conspira.
Ela respira e por outro suspira olhando as estrelas e fazendo suas encomendas, honras, flores...