sábado, 13 de junho de 2009

A CHAVE

Estou sentado em minha mesa buscando fatos. O que aconteceu não faz sentido parece ato irracional. Pensando, pensando... Nenhuma resposta nem mesmo uma absurda. Era noite de quarta-feira eu olhava pela minha janela. O céu estrelado, lua e cabeça cheia. O plano de fundo do PC universal estava lindo, acendi um cigarro talvez quisesse morrer alguns minutos antes ou talvez só pensar. Eu prefiro o mar, mas navegava em pensamentos. Por dentro um horizonte de luz a iluminar ninguém!Ouvindo Abba talvez seja antigo, mas naquele momento, eu também era. A atmosfera a galera passando pela rua cantando viva a sociedade alternativa. E do outro lado no prédio vizinho uma garota nua a se tocar ela me olhava. E eu a olhava como tudo que me agrada. Pensei em correr ao seu apartamento e abraçá-la. Beijar seus seios, seus braços, seu rosto. Sentir o gosto de sua saliva, fazê-la uivar. Cantar em seu ouvido aquele som do Tequila. Mas não fiz nada fiquei só olhando! Depois de alguns minutos ela fecha a janela e eu volto a ver a lua. Na rua as pessoas se foram um silencio total nem um carro se quer. Derrepente o barulho da campanhia! Meu coração dispara e para por alguns segundos. Me lembro da janela da garota do outro lado e corro pra abrir a porta. Ao pegar a chave noto que ela esta torta. Olho pelo olho da porta e vejo a garota la apertando insistentemente. Depois de algum tempo ela desiste e eu triste volto a janela, olho do outro lado e vejo a luz daquele quarto se acender novamente. Fico alucinado! Posso ver a garota e de alguma forma eu sei que ela me vê. Só que agora ela chora pega o batom fecha o vidro faz um grande coração e se joga sobre ele da janela do seu quarto no quinto andar. Eu a vejo caindo! Parecia um anjo voando, não para o alto como quando apertou a campanhia do meu apartamento, mas para o chão. Ainda tenho pesadelos ao pensar que aquela chave torta que eu acreditava ser da porta aqui de casa, foi um amigo que esqueceu ontem ele me ligou perguntando da chave. Olhei na gaveta e ela estava lá manchada de sangue. Me lembrei da garota se jogando sobre o coração em seu vidro. Eu sei que de alguma forma os deuses a usaram para me dizer que nem sempre a chave que estamos usando pra tentar abrir as portas da vida são as corretas. É preciso olhar com cuidado, ter paciência, pois um pequeno gesto, uma atitude boba ou uma conclusão precipitada sobre as coisas que pra nós pareça insignificante pode destruir uma vida que mudaria toda a sua.

Nenhum comentário:

Postar um comentário